Conab: previsão da safra 2024/25 indica produção recorde de 336,05 milhões de t

A produção brasileira de grãos na safra 2024/25 deve atingir recorde de 336,05 milhões de toneladas, o que corresponde a um aumento de 13% (38,56 milhões de t a mais) em comparação com a temporada anterior 2023/24, de 297,50 milhões de t. Os dados fazem parte do 9º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado hoje.
Ainda de acordo com o documento, o resultado é 0,9% (3,14 milhões de t) superior à estimativa do mês passado (332,92 milhões de t). O bom desempenho deve-se à boa produtividade das lavouras, que deve crescer 10,4%, de 3.722 quilos por hectare em 2023/24 para 4.108 quilos por hectare em 2024/25. A área de plantio deve aumentar 2,3% no período, para cerca de 81,8 milhões de hectares.
A Conab destaca em comunicado que os produtores de soja, principal cultura de verão, já finalizaram os trabalhos de colheita. A produção da oleaginosa está estimada em 169,61 milhões de toneladas, aumento de 14,8%, ou 21,9 milhões de toneladas superior à safra de 2023/24, volume recorde na série histórica da companhia.
“O bom resultado é justificado pela utilização crescente de tecnologia pelos produtores, aliada às boas condições climáticas na maioria das regiões produtoras”, disse a Conab na nota. Principal produto semeado na segunda safra, o milho deve registrar uma produção total de 128,25 milhões de toneladas, aumento de 11% sobre a safra anterior (115,50 milhões de t).
Os trabalhos de colheita da 2ª safra de milho foram iniciados em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Maranhão e Paraná. A expectativa é de que apenas neste ciclo sejam colhidas 101,01 milhões de toneladas, crescimento de 12,2% se comparado com a 2ª safra do grão na temporada passada (90,06 milhões de t).
A Conab informou que “a expectativa é influenciada pela boa produtividade alcançada, que refletem as condições climáticas favoráveis ao cereal que ocorreram durante todo o ciclo na maioria das regiões produtoras, além do manejo adequado adotado pelos produtores brasileiros”.
Por Luis Roberto Toledo, Conteúdo Estadão, via Canal Rural
Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural Mato Grosso